Mais uma vez, James Rodríguez decidiu a partida e virou artilheiro da Copa. O próximo adversário dos colombianos é a Seleção Brasileira. E agora?
 Raphael Saavedra
 Repórter
 Goal Brasil
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Chegamos ao quarto jogo da Colômbia na Copa de 2014 e, novamente, o grande destaque vai para James Rodríguez. Já ficou até chato comentar sobre a sua importância para a seleção e qualidade excepcional com a camisa 10, mas o garoto sempre dá um jeito de surpreender.
O Uruguai, merecidamente, não contou seu grande nome, Luis Suárez, e sentiu o peso de sua ausência. Mais do que o abatimento pela punição ao atacante, a equipe precisava de um homem de referência, e nenhum dos outros jogadores são capazes de assumir esse posto. Nem mesmo Cavani, um dos craques do PSG, fez a diferença;
A Colômbia é mais time que o Uruguai, mas um clássico sul-americano nunca é dos mais fáceis, como o próprio torcedor brasileiro pode perceber hoje. Só que é nesse momento que o craque aparece. Sim, é um pouco cedo tratar uma revelação dessa maneira, mas o menino, com a idade de Neymar, resolveu acabar com a Copa do Mundo. Uma bola levantada na entrada da área, um domínio perfeito no peito e um chute, quase sem espaço, na gaveta.
Festa no Maracanã. No meio dos colombianos, nas novas cadeiras do Maracanã, eu me senti em Bogotá. O país foi um dos maiores compradores de ingressos e lotaram todos os estádios. Eles já sabiam de sua força e nem a ausência de Falcão (“quem é Falcão?”, devem pensar agora) foi suficiente para desmotivá-los.
Mais um gol de James no segundo tempo, agora em ótima jogada da seleção, que tem um time envolvente e boas opções no banco. No final, o Uruguai tentou, cruzou na área, mas brilhou a estrela de David Ospina, que já se consolidou como um dos melhores goleiros da Copa. Tabárez não teve muito o que fazer, a não ser ver a sua equipe sendo eliminada com o avanço do relógio.
Do gol até o ataque, a Colômbia mostra um time diversificado, com ótimas opções de desafogo quando precisa jogar em velocidade, mas também com muita habilidade para construir jogadas, como no caso do segundo gol. A defesa se garante, com Yepes reinando no alto e Zapata mostrando habilidade no desarme. Zuñiga e Armero apoiam bem e são rápidos, o que ajuda na recomposição. Cuadrado é o termômetro da equipe, aliando velocidade e dribles rápidos e, no ataque, Téo Gutiérrez, Bacca, Adrián Ramos, Jackson Martínez... são muitas opções. Sem falar no tal do James Rodríguez.
O primeiro confronto das quartas de final foi decidido hoje. Até quatro anos atrás, mais ou menos, enfrentar a Colômbia era sinônimo de vitória. Mas e agora? Vimos a Seleção Brasileira flertar perigosamente com a derrota e, do outro lado, uma equipe com quatro vitórias vem motivada, em busca de coroar a sua maior geração com voos maiores.
Esperamos que o Brasil não repita a partida que fez neste sábado. Esperamos que a cota de más atuações tenha terminado ontem. Porque, caso contrário, podemos novamente cair nas quartas de final, que já nos vitimaram na Alemanha e na África do Sul.
E o brasileiro não está preparado para perder essa Copa. Mas James Rodríguez e seus companheiros estão prontos para colocar água na nossa caipirinha.
Uma coisa é certa: vai ser um jogão. Quem esperava passar por dificuldades apenas nas semifinais, com um possível confronto com França ou Alemanha, teve a prova hoje de que as coisas não vão ser tão fáceis assim...