Televisores apresentaram crescimento de 42,7% no acumulado de 2014.
Bebidas alcoólicas tiveram alta de 3,6% na produção e não alcoólicas, 0,3%.
de 42,7% no acumulado dos quatro primeiros
meses de 2014 (Foto: Mônica Santos/G1)
“O evento em si traz expectativa de um maior consumo. Seja porque no caso dos televisores há novas tecnologias, o que justifica a maior produção. E no caso das bebidas, o evento ser realizado no Brasil gera expectativa de consumo maior", explicou André Luiz Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. "É muito mais da expectativa que se tem de um consumo maior que faz com que as empresas antecipem uma produção. O evento em si justificaria maior produção em função dessa expectativa”.
“Abril mostra arrefecimento, mas ainda assim é uma taxa bem elevada na medida que cresce 20%. Sempre que se tem evento Copa, você tem incremento [na indústria] nos meses que o antecedem. Em fevereiro de 2014 contra fevereiro de 2013, houve crescimento de 65,7% [na produção de televisores]. Março teve crescimento de 42,4% e abril, 20,9%. No acumulado até abril, houve crescimento de 42,7%”, completou o especialista.
Ainda segundo Macedo, outro ponto que chamou atenção na pesquisa, e que também tem indicações de que o crescimento foi provocado pelo efeito Copa, é o setor de bebidas.
“Diferente do ano passado, que se teve comportamento negativo, nos quatro primeiros meses do ano de 2014, veio com resultados distintos. Cresce 2,8% no primeiro trimestre de 2014. E nesse resultado de abril 2014 para abril de 2013, mantém comportamento positivo. Cerveja, chope e refrigerante impulsionam esses resultados. Talvez o efeito Copa seja o mais explicativo”, declarou Macedo.
O gerente da pesquisa informou que no acumulado de quatro meses de 2014 as bebidas alcoólicas apresentaram crescimento de 3,6%. Se comparados os meses de fevereiro de 2013 com o mesmo período neste ano, este número apresentou alta de 4,6%. Março registrou alta de 16,5% e abril, 4,2%.
Entre as bebidas não alcoólicas, fevereiro teve alta de 8,1%. Já março apresentou recuo de 1,6% e abril voltou a subir, registrando 1%.Produção da indústria recua 0,3%
A produção da indústria nacional registrou recuo de 0,3% em abril, na comparação com o mês anterior, segundo dados pelo IBGE. No mês de abril, em relação a março, a atividade fabril também havia mostrado queda, de 0,5%.
Frente ao mesmo período de 2013, a indústria teve retração de 5,8%, a mais intensa desde setembro de 2009 (-7,3%), influenciada fortemente pela queda de mais de 20% na produção de veículos.
Nos quatro primeiros meses do ano, o setor acumula baixa de 1,2%. Em 12 meses, a alta acumulada é de 0,8%.
"No resultado desse mês, além da diminuição no ritmo de produção, observa-se a influência do efeito calendário, uma vez que abril de 2014 teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior", disse o IBGE, em nota.
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