Argentina vence Holanda nos pênaltis e enfrenta Alemanha na final da Copa
Não houve jeito de desempatar holandeses e argentinos com a bola rolando e a decisão foi para os pênaltis, nos quais o goleiro Sergio Romero brilhou, pegando as cobranças de Vlaar e Sneijder e contando com a ajuda dos companheiros, que acertaram todos os chutes.
"É uma alegria imensa. Foi uma partida muito difícil, muito fechada. Estamos na final, Temos um dia a menos para descansar e jogamos um prorrogação, mas tudo bem. Vamos jogar para ganhar", declarou o técnico Alejandro Sabella, após a partida.
"É duro perder quando se está tão perto do objetivo, mas o que alcançamos aqui no Brasil é incrível. Todos fizeram um grande trabalho", lamentou o atacante Arjen Robben.
Com a vitória, a Argentina, bicampeã mundial (1978 e 1986), se classificou para disputar sua primeira final de Copa do Mundo desde 1990, quando foi derrotada pela Alemanha, justamente a adversária na grande decisão. Alemães e argentinos duelam pelo título neste domingo às 17h00, no Maracanã.
Já a Holanda morreu na praia novamente. Após os vice-campeonatos de 1974, 1978 e de 2010, os laranjas terão que se contentar com a disputa do terceiro lugar, no qual enfrentarão a seleção brasileira em Brasília, no sábado.
Após capengar pela fase de grupos, a Argentina sofreu para vencer a Suíça nas oitavas de final (1-0 na prorrogação) e só foi apresentar um bom futebol nas quartas contra a Bélgica (1-0).
Contra os 'Diabos Vermelhos', porém, a seleção argentina sofreu um duro golpe com a lesão de Angel Di Maria, motorzinho da equipe que sofreu um estiramento na coxa.
Marcos Rojo, que cumpriu suspensão por acúmulo de cartões amarelos, voltou ao time titular, que entrou em campo no esquema 4-3-3, usado por Sabella desde o segundo tempo da estreia na competição, contra a Bósnia. Lavezzi, Messi e Higuaín formaram a linha de frente.
Do outro lado, o técnico Louis van Gaal surpreendeu com a escalação do volante Nigel De Jong, que substituiu Memphis Depay. De Jong havia sido declarado indisponível para o restante do Mundial, depois de ter saído contundido nos primeiros minutos do confronto com o México, nas oitavas de final.
O atacante Robin van Persie, que chegou a ser dúvida por causa de uma indisposição estomacal, comandou o ataque laranja junto ao craque Arjen Robben.
Bem postadas em campo, as duas equipes fizeram um jogo parelho e de poucas emoções. A Argentina foi ligeiramente superior, com um pouco mais de posse de bola (53%) e uma forte marcação a partir do meio de campo.
Robben, craque do time e destaque da Holanda no Mundial, viu-se bem marcado e foi pouco acionado.
Mesmo assim, o primeiro lance de perigo na partida foi laranja. Aos 12 minutos, Wesley Sneijder recebeu na entrada da área e arriscou um chute de primeira. A bola passou a direita do gol de Sergio Romero.
No minuto seguinte, Messi quase abriu o placar. Numa cobrança de falta muito perigosa, o craque chutou forte, mas Jasper Cillessen segurou com muita firmeza.
Com a forte marcação de Javier Mascherano, Lucas Biglia e Enzo Pérez no meio - ajudados pelo trio ofensivo -, a holanda encontrou dificuldade para sair de seu campo e chegar ao gol argentino, mas a defesa se comportou bem e também deu pouco espaço a Messi e companhia.
Na volta do vestiário, Van Gaal, insatisfeito com a atuação do time e preocupado com o cartão amarelo levado por Martins Indi, tirou o zagueiro para a entrada do lateral-direito Dayl Janmmaat. Com isso, Blind foi para a zaga e Dirk Kuyt para a lateral-esquerda.
A mudança deu um pouco mais de opções ofensivas ao time europeu, mas a partida continuou muito truncada, com as duas equipes dando a impressão de estarem com mais medo de perder que vontade de ganhar.
Os dois centroavantes do jogo, Van Persie e Higuaín, continuavam sumidos em campo.
Higuaín, autor do gol da classificação nas quartas de final contra a Bélgica, apareceu apenas aos 30 minutos do segundo tempo. O atacante recebeu cruzamento rasteiro de Pérez e finalizou com um toque de primeira na corrida. A bola foi parar na rede pelo lado de fora, enganando a torcida argentina, que gritou gol.
Nos acréscimos, a Holanda teve a maior chance da partida. Robben tabelou com Van Persie e invadiu a área. O craque do Bayern de Munique acabou demorando para finalizar, dando a Mascherano a oportunidade de se recuperar e travar o chute com um carrinho salvador.
Ao fim do tempo regulamentar, o 0 a 0 persistia no placar da Arena Corinthians, mas a estatística que melhor traduzia o que foi a partida eram os chutes a gol: dois para a Argentina, nenhum para a Holanda.
Na prorrogação, Van Gaal tirou Van Persie, claramente cansado, para colocar Huntelaar. Com isto, o técnico abriu mão do goleiro sensação Tim Krul, que surpreendentemente entrou no fim do tempo extra contra a Costa Rica e pegou duas cobranças de pênalti.
A Holanda entrou com outra postura na prorrogação, adiantando as linhas e trocando passes no campo adversário.
Aos 5 minutos, Robben cortou para o meio e deu o primeiro chute a gol dos laranjas, mas Romero defendeu sem dificuldades.
No segundo tempo da prorrogação, foi a vez da Argentina buscar a vitória, e ela quase veio.
Aos 10, Palacio recebeu livre na área e tentou encobrir de cabeça Cillessen, que defendeu com segurança.
No minuto seguinte, Messi fez ótima jogada pela direita e cruzou para Maxi Rodríguez, que chutou em cima do goleiro holandês.
Não houve jeito de desempatar Holanda e Argentina com a bola rolando e a vaga na final teve que ser decidida nos pênaltis, nos quais Romero brilhou.
O goleiro pegou as cobranças de Vraal e Sneijder e contou com a pontaria certeira dos companheiros, que não falharam, mandando a Argentina para a final da Copa do Mundo para enfrentar a Alemanha.
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