segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mascote oficial da Copa do Mundo de 2014, tatu-bola já tem nome: Fuleco (Postado por Lucas Pinheiro)

 Revelado em setembro como mascote oficial da Copa do Mundo de 2014, o tatu-bola foi batizado neste domingo: Fuleco. O anúncio foi feito durante o "Fantástico". O nome recebeu 48% dos mais de 1,7 milhão de votos na eleição feita pela internet. Zuzeco (31%) e Amijubi (21%) eram as outras opções.

Segundo a Fifa, Fuleco significa a mistura das palavras futebol e ecologia, "dois componentes fundamentais da Copa". A entidade explicou ainda que o nome "mostra como essas duas palavras combinam perfeitamente e ainda incentivam as pessoas a ter mais cuidado com o meio ambiente".

Pela primeira vez, a Fifa decidiu batizar o mascote e a bola oficial do Mundial com a ajuda da torcida. No início de setembro, Brazuca recebeu 77,8% de 1.119.539 votos e superou Bossa Nova (14,6%) e Carnavalesca (7,6%) como substituta da Jabulani em 2014.

 Em seu site oficial, a Fifa criou uma página com a biografia de Fuleco. O texto conta que o  tatu-bola nasceu no dia 1º de janeiro de 2000, no Nordeste, e terá 14 anos quando a Copa for disputada no Brasil. A carapaça serve para protegê-lo e tem a cor azul para representar o céu e a água do país.

Além disso, Fuleco gosta de jogar futebol e comemora seus gols com a "Dança do Tatu". De acordo com a Fifa, os ídolos do mascote são Pelé e Ronaldo Fenômeno.

Ideia do tatu-bola nasceu no Ceará

A ideia de ter o tatu-bola ("Tolypeutes tricinctus") como símbolo da Copa no Brasil surgiu no Ceará e foi apresentada apenas em fevereiro ao Ministério do Esporte e ao (COL) pela ONG Associação Caatinga, criadora do projeto.

No texto da campanha, a Associação Caatinga explica que o "Tolypeutes tricinctus" é o tipo de tatu mais ameaçado do Brasil e que a caça já o fez desaparecer de muitos estados. Para defender a escolha da mascote, a ONG lembrou que o nome original do tatu-bola foi dado devido à habilidade de curvar-se sobre si mesmo para se proteger quando ameaçado, ficando no formato de uma bola.

Desde a Copa de 1966, a Fifa passou a usar mascotes em Copas do Mundo. No Mundial da África do Sul, o animal escolhido para representar o país foi um leopardo de cabelo verde, batizado de Zakumi.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Obras para Copa ficam 14,7% mais caras que o previsto, diz TCU (Postado por Lucas Pinheiro)

As obras necessárias para a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 ficaram 14,7% mais caras que o inicialmente previsto, conforme levantamento divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em janeiro de 2011, a previsão inicial era que o investimento total fosse de R$ 23,8 bilhões; a última estimativa, de julho deste ano, aponta para R$ 27,3 bilhões.

 O dado consta na última versão da "Matriz de Responsabilidades", documento periodicamente atualizado que estipula a responsabilidade dos governos federal, estaduais e municipais, além de parceiros privados, no pagamento e execução de obras de construção ou reforma de estádios, aeroportos, portos, além de investimentos em mobilidade urbana, turismo e telecomunicações.

A diferença, de R$ 3,5 bilhões, foi alavancada, principalmente, pela reestimativa dos investimentos em aeroportos, com acréscimo de R$ 1,77 bilhão; e nos estádios, cujo valor das obras cresceu R$ 1,13 bilhão. O investimento em portos cresceu R$ 158 milhões. Apenas os valores injetados em mobilidade urbana foram revistos para baixo: caíram em R$ 123 milhões.

Parte do acréscimo ocorreu ainda pela adição dos investimentos em turismo (R$ 212 milhões) e telecomunicações (R$ 371 milhões), que não estavam na conta de 2011.

Do novo valor global, de R$ 27,3 bilhões, R$ 16,2 bi vêm dos cofres do governo federal (em investimentos diretos ou financiamento); R$ 6,7 bi dos governos locais; e R$ 4,2 bi da iniciativa privada.

 Causas
O levantamento do TCU, relatado pelo ministro Valmir Campelo, aponta diversos fatores para o aumento dos preços. Em muitos casos, os projetos das obras apresentam estimativas de preços desatualizadas, abaixo do que o mercado cobra. Vários empreendimentos acabam precisando de ajustes não previstos, com aditivos contratuais que o tornam mais caro. Há também situações em que um atraso no andamento das obras acaba tornando o serviço mais caro depois.

Na avaliação de Campelo, porém, o acréscimo não leva a concluir que houve um "estouro nos orçamentos". Isso, porque, boa parte do aumento deve-se a investimentos que não estavam previstos inicialmente.

O caso mais emblemático apontado é o estádio do Itaquerão, orçado em R$ 820 milhões. Em 2011, quando foi feita primeira versão da matriz, imaginava-se que o estádio que receberia os jogos em São Paulo seria o Morumbi.

Outros R$ 225 milhões referem-se a acréscimos nos estádios Beira-Rio (Porto Alegre) e Arena da Baixada (Curitiba), tocados pela iniciativa privada. Mais R$ 156 milhões em aumentos provêm de Parcerias Público-Privadas, que conjugam dinheiro público e particular.

Nos aeroportos, área em que houve maior incremento nos custos, o relatório aponta que isso se deve às obras em São Paulo. "Houve ampliação do escopo dos investimentos, nomeadamente em função das recentes concessões dos aeroportos de Viracopos e Guarulhos. Outro plano de investimentos foi idealizado. Também foi nova a decisão de construir o Terminal de Passageiros 4, em Guarulhos", diz o documento.