quarta-feira, 28 de março de 2012

Aldo Rebelo critica atuação do TCU na Copa do Mundo (Postado por Lucas Pinheiro)

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse nesta quarta-feira (28) que o Tribunal de Contas da União não tem capacidade para avaliar se determinados estádios que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014 ficarão ociosos após a competição. O ministro fez a crítica ao responder o deputado Romário (PSB-RJ) e outros parlamentares durante audiência da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.

"O Tribunal de Contas da União julgar o que vai ser ou não elefante branco é improcedente. Não vejo no TCU especialização, capacidade para fazer isso", afirmou. Questionado por deputados sobre a função do TCU, Aldo Rebelo afirmou que, como tribunal de contas "ninguém melhor indicado para zelar das contas públicas", mas que há "outros entes mais capacitados" para debater o legado das obras para a sociedade.

O último relatório do TCU sobre a situação das obras da Copa, de março de 2012, diz que em quatro cidades-sede - Natal, Manaus, Cuiabá, e Brasília -  existe "risco grande" de que a rentabilidade gerada pela arena não cubra seus custos de manutenção. O relator no TCU da Copa do Mundo é o ministro Valmir Campelo.

"O debate sobre o que pode ser elefante branco ou não é um debate que envolve aqueles que estão construindo, aqueles que estão envolvidos na realização da Copa e, portanto, o que é ou não um elefante branco não é uma decisão de uma sentença", declarou Aldo.

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do TCU, mas não obteve resposta sobre a crítica até a última atualização desta reportagem.

Mobilidade urbana
Na semana passada, Campelo também participou de audiência na comissão e apresentou relatório mostrando que, até março deste ano, a Caixa Econômica Federal liberou pouco mais de 4% dos recursos previstos para financiamento de obras de mobilidade urbana nas cidades-sede da Copa do Mundo.

O ministro disse que a demora na liberação da verba "preocupa" e que o tribunal tem alertado para o "baixo fluxo" dos recursos.

Em nota, a Caixa informou na ocasião que "a liberação de recursos ocorre em conformidade com a execução da obra. A expectativa do banco é de que os estados e os municípios-sede possam finalizar os procedimento [...] para que possam iniciar as obras e a Caixa liberar os recursos".

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