sábado, 17 de setembro de 2011

Dilma: obras combatem crise

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A presidente Dilma e o ex-jogador Pelé participaram de evento em alusão ao tempo que resta para a Copa
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Em visita a obras do Mineirão, Dilma diz que investimento em infraestrutura é ´estratégia´ contra crise
Belo Horizonte. A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em Belo Horizonte (MG), que investir em infraestrutura é uma "estratégia" para enfrentar a crise econômica mundial. Ela visitou as obras do estádio Mineirão, que está sendo reconstruído para a Copa de 2014, e anunciou investimentos em transporte e mobilidade urbana na capital mineira.

"Continuar investindo pesadamente em obras de infraestrutura é parte da nossa estratégia para garantir que o Brasil mantenha o desenvolvimento em ritmo adequado. Investir em infraestrutura é uma maneira de dizer não à crise internacional que afeta os países da zona do euro e os Estados Unidos", disse a presidente.

Segundo ela, os investimentos em infraestrutura que o governo está anunciando para as 12 cidades que serão sede da Copa são também uma "maneira de dizer não" às situações anteriores de crise, que acabavam levando a uma "redução do ritmo de crescimento". E completou: "É uma maneira de dizer um sonoro sim ao crescimento, à melhoria de vida das nossas cidades e das populações urbanas".

O governo está investindo R$ 30 bilhões, sendo R$ 12 bilhões pelo PAC Copa e mais R$ 18 bilhões do PAC Mobilidade para as cidades com mais de 750 mil habitantes. Dilma anunciou R$ 2 bilhões para investimentos no metrô da região metropolitana de Belo Horizonte e ligou a obra à Copa, embora não esteja prevista a inauguração de novas estações até o evento.

O governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), e o prefeito de BH, Marcio Lacerda (PSB), disseram que o investimento vai permitir que, até a Copa, seja possível melhorar o atendimento da única linha existente até hoje, 25 anos depois da criação do metrô. As outras duas linhas anunciadas só ficarão prontas a partir de 2015.

Em seu discurso, a presidente disse ainda que o metrô de BH "não é uma obra específica da Copa, mas é uma obra, como tantas outras, ligadas à Copa".

O investimento total anunciado para essa obra é de R$ 3,16 bilhões. Desse montante, R$ 1 bilhão sairá do Orçamento da União e R$ 1 bilhão será por meio de financiamento da União. O outro R$ 1,14 bilhão serão recursos que o Estado e as prefeituras envolvidas darão como contrapartida.

A partir de agora, prefeituras, governo estadual e governo federal vão discutir a modelagem do metrô de Belo Horizonte, que deverá ter também a participação de empresas privadas, formando uma PPP (Parceria Público Privada).

Mil dias
O ato em BH foi também uma celebração pelos mil dias que faltam para a Copa, que segundo a presidente, é "um momento de afirmação do país por organizar um evento internacional".

Ao lado da presidente estava o ex-jogador Pelé, embaixador do Brasil para a Copa. Dilma lembrou que os dois são mineiros e que comemora os mil dias para o Mundial com um especialista em mil, já que Pelé fez 1.280 gols em sua carreira.

Mas nem tudo foi motivo de comemoração com a presença de Dilma Rousseff nas obras do Mineirão. Os operários que trabalham no local fizeram ontem uma paralisação. Os 1.300 trabalhadores da obra pedem aumento de salário, cesta básica, plano de saúde e assistência às famílias. Apesar da greve, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, disse durante o discurso que as obras do estádio, bem como as demais para a Copa, estão "rigorosamente no prazo".

No centro de Belo Horizonte, foi instalado um relógio que fará a contagem regressiva dos dias até a Copa. Eventos em alusão à data de ontem também foram realizados em outras cidades. Em São Paulo, foi inaugurado um relógio para contagem regressiva no canteiro de obras do novo estádio do Corinthians em Itaquera. A comemoração em Brasília teve shows, exposições e balonismo. Uma iluminação especial em verde e amarelo foi projetada em monumentos públicos da capital, como o Memorial JK e a catedral.

Recursos
12 milhões de reais estão sendo investidos no "PAC Copa", além de R$ 18 milhões do "PAC Mobilidade", para cidades com mais de 750 mil habitantes

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